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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O ESPÍRITO INTERCEDE POR NÓS

”O que está em Deus, ninguém o coloca senão o espírito de Deus” (1Cor 2,11). Ora, seu Espírito que o revela, nos dá a conhecer Cristo, seu Verbo, sua Palavra viva, mas não se revela a Si mesmo. Aquele que “falou pelos profetas”, faz-nos ouvir a Palavra do Pai. O Espírito da Verdade que nos desvenda o Cristo, não fala de si mesmo. (Jo 16,13).
Aquele que o Pai enviou aos nossos corações, o Espírito de Seu Filho (Gl 4,6), é realmente Deus. Consubstancial ao Pai e ao Filho, Ele é inseparável dos dois, tanto na Vida íntima da Trindade, quanto no Seu dom de amor pelo mundo. Quando o Pai envia Seu Verbo, envia sempre Seu “sopro”: missão conjunta, em que o Filho e o Espírito Santo são distintos, mas inseparáveis. Sem dúvida, é Cristo que aparece, Ele, a Imagem visível do Deus Invisível, mas é o Espírito Santo que o revela.
O Espírito Santo, terceira pessoa da Santíssima Trindade, está em ação com o Pai e o Filho, do início até a consumação do Projeto da nossa salvação. Mas, é “nos últimos tempos”, inaugurado pela  Encarnação redentora do Filho, que Ele é revelado e dado, reconhecido e acolhido como Pessoa.
Ao anunciar e prometer a vinda do Espírito Santo, Jesus denomina-o “Paráclito”; literalmente, aquele que é chamado para perto de; “Advocatus”, (Jo 14,16.26; Jo 15,26; Jo 16,7). “Paráclito” é traduzido por “Consolador”, sendo Jesus o primeiro Consolador ou Intercessor (1Jo 2,1). O próprio Jesus chama o Espírito Santo de “Espírito da Verdade” (J0 16,13).
Os Símbolos do Espírito Santo São:
Água – “Mas, batizados em um só Espírito” também “Bebemos de um só Espírito (1Cor 12,13); o Espírito é, pois, a Água viva que jorra de Cristo crucificado (Jo 19,34), como de sua fonte e que em nós jorra em vida eterna (Jo 4,10-14).
União – Jesus é “Messias”, que significa o Ungido do Espírito de Deus (Is 61,1; Lc 4,18-19). A humanidade que o Filho assume é totalmente “ungida do Espírito Santo”.
Fogo – Enquanto  água significa o nascimento e a fecundidade da vida dada no Espírito Santo da vida dada no Espírito Santo, o fogo simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo (Lc 3,16). “Vim trazer fogo a terra e quanto desejaria que já estivesse aceso” (Lc 12,4a). É sob a forma de “línguas de fogo” que o Espírito Santo pousa sobre os discípulos, na manhã de Pentecostes (At 2,3-4).
- Nuvem e Lua – CIC 697
- Selo – CIC 698
- Mão – CIC 699
- Pomba – CIC 701
- Dedo – CIC 700 – Se a Lei de Deus foi escrita em tábuas de pedra pelo “Dedo de Deus” (Ex 31,18), a “Letra de Cristo” “é escrita com o Espírito do Deus Vivo, não em tábuas de pedras, mas em tábuas de carne, nos corações” (2Cor 3,3).
A Palavra de Deus ensina-nos que o importante na oração não é tanto o que se diz, quanto o que se é, não tanto o que se tem nos lábios, quanto o que se tem no coração. A novidade conferida pelo Espírito Santo à Vida de oração, consiste no fato de que Ele reforma o “SER” de quem ora, suscita o Home Novo, o homem amigo e aliado de Deus. Vindo a nós, o Espírito não se limita a ensinar-nos  como é preciso orar, mas ora em nós; não se limita a dizer-nos o que devemos fazer (como era a Lei), mas fá-lo conosco. O Espírito não promulga uma Lei de oração, mas confere uma graça de oração.
Na oração, como em todo o resto, o Espírito “Não fala por si”, não diz coisas novas e diferentes: Ele simplesmente ressuscita e atualiza no coração dos fiéis, a oração de Jesus: “Ele tomará do Meu  e vo-lo anunciará”, diz Jesus do Paráclito (Jo 16,4), tomará a Minha oração e vo-la dará. Em virtude disso, nós podemos exclamar com toda a verdade: “Não sou mais eu que rezo, mas Cristo que reza em mim”. Mesmo o grito ABBA! Demonstra que quem ora em nós, através do Espírito, é Jesus, o Filho único de Deus. Portanto é o Espírito Santo que infunde em nossos corações sentimentos de filiação divina, que nos faz sentir (não só sabemos) filhos de Deus”. O próprio Espírito atesta ao nosso Espírito que somos filhos de Deus (Rm 8,16).
Leia e Medite durante a Semana:
- Rm 8,1-3.14-27 (O Espírito dá a vida) e perceba:
- a Lei do Espírito ( Nova Aliança) liberta-o da lei do pecado, sob o domínio do Espírito Santo de Jesus; você é liberto da escravidão do pecado;
- você tem experimentado o s frutos do Espírito ( amor, alegria, paciência, bondade, generosidade, mansidão, autodomínio) (Gl 5,22-23);
- você tem invocado ABBA sobre as pessoas pelas quais intercede?
- temos o Espírito, mas só à maneira de “Primícias”, já temos a redenção, mas ainda não a plena Redenção, pois na esperança fomos salvos (Rm 8, 23-24). A oração nasce de tensão entre a fé e a esperança; entre o que já possuímos e o que ainda esperamos.
- o Espírito nos é dado para nos ajudar em nossas fraquezas (enfermidades), que são de vários tipos: ignorância da Palavra de Deus, das Suas promessas, da Sua Aliança; lentidão de percepção (Lc 24,25); doenças físicas.
- nossas fraquezas não são obstáculos à nossa oração de intercessão, pois o Espírito Santo vem em auxílio.
- não sabemos “O QUE” pedir e não sabemos “COMO” PEDIR. A imperfeição não está naquilo pelo que se ora, mas também na disposição e no espírito COM QUE SE ORA. A ineficácia da oração deriva do fato que pedimos: “Sendo maus”, coisas más de maneira má, para satisfazer as paixões. (Tg 4,3)
- o Espírito nos socorre, pois intercede por nós “em conformidade com os desígnios de Deus”, ou seja, pede precisamente aquilo que sabe ser vontade do Pai conceder-nos mediante a oração e, assim, a “oração se torna praticamente infalível. “Ele que perscruta as profundidades de Deus sabe quais são os projetos de Deus a nosso respeito.
- a capacidade de orar “no Espírito” é o nosso grande recurso. Orar com “gemidos inenarráveis” é orar em línguas. “Quem ora em línguas não fala a homens mas a Deus, pois ninguém o entende; ele fala coisas misteriosas, sob a ação do Espírito” ( 1 Cor 14,2).
Meditações para a semana:

1º dia – Ez 36,25-27; Jr 31,33
2º dia – Jo 14,25-27; Jo 15,26-27; Jo 16,8-10
3º dia – Rm 8,14-16
4º dia – Rm 8,17-22
5º dia – Rm 8,26-27; I Cor 14,2
6º dia – Rm 8,28-30
7º dia – Rm 8,31-39

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