“A noite vai adiantada e o dia vem chegando. Despojemo-nos das obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz. Com portemo-nos honestamente, como em pleno dia: nada de orgias, nada de bebedeiras, nada de desonestidades nem dissoluções; nada de contendas, nada de ciúmes. Ao contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não façais caso da carne, nem lhe satisfaçais aos apetites” (Rm 13,12-14). Obras das trevas é o mesmo que desejos e obras da carne (Gl 5,19-21) e obras da luz é o mesmo que obras do Espírito ou frutos Espírito (Gl5,22-23). O Espírito Santo de Deus cura o nosso homem velho e o restaura `semelhança de Jesus, quando cura nosso relacionamento com Deus, pela obediência a sua Palavra, com os irmãos, pelo perdão e caridade e conosco mesmo, pela pureza e santidade.
“Esta é a vontade de Deus: A vossa santificação: que eviteis a impureza, que cada um de vós saiba possuir o seu corpo santa e honestamente, sem se deixar levar pelas paixões desregradas, como os pagãos que não conhecem a Deus pois Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade”. (1 Ts 4,3-7)
Um dos frutos do espírito é o domínio de si (temperança), que tem uma gama muito ampla de significados; de fato, pode ser exercido no comer, no falar, no controle da ira, mas, também, no sentido de senhorio sobre o próprio corpo. A obra da carne que se opõe a este é a impureza, ou seja, o alienar do próprio corpo, vender-se, prostituir-se.
“Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo?” (1Cor 6,15-18). “O corpo, porém, não é para a impureza, mas para o Senhor e o Senhor para o corpo.” (1Cor 6,3b). A motivação da pureza não está em garantir o domínio da razão sobre os instintos, mas está em estabelecer o domínio de Cristo sobre a pessoa inteira, razão e instinto.
Outra motivação para a pureza pe referente ao Espírito Santo: “Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que isso mesmo, já não vos pertenceis?” (1Cor 6,19) Abusar do próprio corpo é, portanto, profanar o templo de Deus, “mas se alguém destruir o templo de Deus é sagrado e isto, sois vós.”? (1Cor 3,17). Praticar a impureza é “contristar o Espírito de Deus.” (Ef 4,30)
Ainda devemos lembra do destino final do homem: Deus que ressuscitou o Senhor, também nos ressuscitará. (1Cor 6,14). O nosso corpo destina-se a participar um dia da felicidade e da glória da alma. A pureza cristã não se baseia no desprezo do corpo, mas, pelo contrário, na grande estima da sua dignidade. “Glorificai a Deus no vosso corpo”. (1Cor 6,20)
Há uma pureza de corpo, mas também, uma pureza de coração, que impele a fugir, não só de atos mas, também; dos desejos e pensamentos “feitos” (Mt 5,8.27-28). Há uma pureza de língua, que consiste em abster-se de palavras obscenas, vulgaridades, futilidades (Ef 5,4-7; Cl 2,8) e, na sinceridade das palavras, isto é, dizer ‘sim’, ‘sim e ‘não’, à imitação de Cristo, em cuja boca não achou falsidade (1Pd 2,22). Há a pureza do olhar. “O olho, disse Jesus, é a lâmpada do corpo; e o olho for puri e claro, todo será iluminado. (Mt 6,22-23)
Pureza e amor ao próximo estão entre si, como domínio de si e dedicação aos outros. Como posso eu doar-me. Se não me controlo, mas sou escravo de minhas paixões? Ilusório é imaginar que se possa associar um autêntico serviço aos irmãos, que sempre exige sacrifício, altruísmo, esquecimento de si e generosidade, a uma vida pessoal desordenada, toda propensa a satisfazer-se a si mesmo e às próprias paixões.
Até os maus pensamentos, represados no coração, segundo Jesus, poluem o homem e, por isso, o mundo. “Do coração provém os maus propósitos, os homicídios, adultérios, prostituições,... São estas coisas que tornam o homem impuro (Mt 15,18-20). Não há como pôr-se a orar, com o coração impuro, cheio de ódio e ressentimento.
“Sede irrepreensíveis e simples, filhos de Deus, íntegros no meio a uma sociedade depravada e maliciosa, na qual deveis resplandecer como astros no mundo, mantendo alta a Palavra de vida.”(Fl 2,15)
“Finalmente irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e postestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal espalhados nos ares”. (Ef 6,10-12)
Estamos vivendo tempos de grande agitação espiritual; dias decisivos onde o exército de Deus e das trevas estão se mobilizando para a última e definitiva ofensiva, que culminará com a volta de Cristo. Os sinais dos tempos mostram que estamos caminhando para “o toque de reunir” dos guerreiros da luz, convocando o “Sião de Deus” para o confronto final. Há uma batalha em curso! É tempo de combate; é para homens de fibra, testados no fogo, formados na “universidade do sofrimento”, treinados a viver com o mínimo de bens, livres de apegos, acostumados a viver com o mínimo de bens, livres de apegos, acostumados a viver com o mínimo de bens, livres de apegos, acostumados a viver somente com o indispensável, convencidos de que não há nada a ganhar em perder as suas vidas. Para homens espirituais o “viver é Cristo, o morrer é lucro” (Fl 1,21).
a) Precisamos discernir contra quem estamos lutando. Estamos em guerra contra um exército aguerrido e extremamente maligno, cujo comandante é Satanás. O seu quartel-general localiza-se nos lugares celestiais e é de lá que ele comanda seus subcomandantes, que são seus príncipes terroristas, que têm por objetivo levar cativas e oprimidas todas as pessoas de qualquer região ou estado, pois visam controlar os líderes investidos com autoridade e poder no exército de Deus (Dn 10,13); as POTESTADES, também conhecidas como fortalezas que visam criar a divisão na Igreja e semeiam doutrinas falsas e heréticas. Estes anjos caídos procuram evitar que as pessoas se convertam, e por isso, exercem resistência ao crescimento na fé e procuram cauterizar todo sentimento de entrega ao Senhor. Também as potestades estabelecem fortalezas espirituais, segundo o pecado que predomina em cada povo, como prostituais, segundo o pecado que predomina em cada povo, como prostituição, alcoolismo, pornografia, homossexualismo, violência, idolatria.
Outra casta de espírito satânicos, são as forças espirituais do mal: eles são que oprimem a humanidade; toda esta opressão e estado de caos que o mundo passa, é causado por eles e, também, são responsáveis pela resistência às orações da Igreja (eles roubam, desviam e seguram as graças).
Estas Três primeiras classes de demônios atuam nas regiões celestiais; os DOMINADORES, atuam aqui na terra, com o objetivo de expressar toda a maldade de Satanás, escravizando e tentando destruir o homem.
b)É fundamental termos no plano de combate (Lc 14,31-32), “qual é o rei que estando para guerrear, não se senta primeiro para considerar se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? De outra maneira, quando o outro ainda está longe, envia-lhe embaixadores para trar a paz”. Este trabalho de guerra espiritual em nível estratégico, requer um discernimento dos espíritos apurados, visão espiritual, compromisso com o Corpo de Cristo, entrega de oração, santidade e total quebrantamento perante o Senhor. Se não tivermos vida de escuta do espírito, coração abrasado pela leitura da Palavra, fidelidade na frequência aos Sacramentos, seremos abatidos facilmente. Não podemos sair por aí, declarando guerra aos Principados e Potestades, que o resultado pode ser perigoso.
c) Orações descompromissadas não vencem batalhas; quando começamos a orar, uma guerra começa a se travar nos lugares celestiais e ela não tem hora para terminar. Precisamos entrar neste combate com espírito, coração, mentalidade e disposição de guerreiros.
d) Não podemos desperdiçar munição; precisamos ser eficientes na utilização das armas do arsenal de Deus.
e) A batalha espiritual não é para crianças na fé, não é missão para cristãos inexperientes, inconstantes, irresponsáveis e desprezados. A oração de combate é para pessoas que já tenham intimidade com o Senhor e vida segundo a Sua Palavra. “Sede submissos a Deus. Resisti ao demônio e ele fugirá para longe de vós. Lavai as vossas mãos, pecadores e purificai os vossos corações, ó homens de dupla atitude”. (Tg 4,7-8)
f) É muito importante lutarmos em motivação com a convicção de que toda glória e poder pertencem a Jesus.
g) Sabemos que: “Não são carnais as armas com que lutamos. São poderosas em Deus, capazes de arrasar fortificações. Nós aniquilamos todo raciocínio e todo orgulho que se levanta contra o conhecimento de deus e cativamos todo pensamento e o reduzimos à obediência a Cristo” (2 Cor 10,4-5). Deveríamos conhecer as armas do exército romano para entendermos bem as nossas armas. Como bons soldados, precisamos ‘conhecer as nossas armas de defesa e de ataque, sem as quais não podemos combater’.
Armas romanas de ataque Nossas armas de ataque
- Catapulta * Louvor
- Balestra * O Nome de Jesus
- Onagro * Palavra á testemunho
- Torre móvel * Obediência a Deus e às autoridades que Ele constituiu
- Aríete * Dons do Espírito Santo
Armas romanas de defesa Nossas armas de defesa
- Testudo * santidade de vida
- Vinea * Sangue de Jesus
- Flechas * Oração no Espírito
O exército das trevas é um exército derrotado, julgado e condenado, mais fraco e inferior ao de Deus. Seu general é Satanás, um anjo caído, mas não se cansa, não desanima, não dorme ou tira férias, não tem compaixão. Suas armas são: a divisão, o medo, a mentira, a atração carnal, a distração, o desânimo, a rebedia e a idolatria, entre outras. Eles só nos atingem se deixarmos brechas; por isso a Palavra diz “Não deis lugar ao demônio”. (Ef 4,27)
O exército de Deus “é mais que vencedor, pela virtude d1Aquele que nos amou” o seu General é o “Único Soberano Rei dos Reis e Senhor dos senhores” (1Tm 6,15, o Senhor forte e poderoso na batalha.... o Senhor.... dos Exércitos, é Ele, o Rei da Glória (Sl 23,8.10) e tendo despojado na cruz (Cl 2,15). “Toda autoridade, Me foi dada no céu e na terra” (Mt 28,18) e, esta AUTORIDADE E PODER, Ele entregou a Seu exército, para que viva em vitória.
Deus está a procura de valentes guerreiros e não apenas de soldados; passou revista às tropas e verificou os que tinham fé, ousadia e coragem. Numa segunda etapa, reduz o exército de guerreiros somente aos homens vigilantes e santos. Para se um guerreiro de luz não basta ter fé; é preciso ter uma vida de santidade, espera, oração e vigilância no Senhor. Leia Jz 7,2-8)
“Bendito seja o Senhor, meu rochedo, que adestra minhas mãos para o combate. Mesu dedos para a guerra” (Sl 143,1). NÃO BASTA SELECIONAR BONS HOMENS, É NECESSÁRIO DISCIPLINÁ-LOS. OBEDECER SEM QUESTIONAR, CONTROLAR SEUS IMPULSOS E TEMPERAMENTO, SER PONTUAL E APRENDER A FAZER TRABALHO EM EQUIPE. SER COMBATENTE ESPIRITUAL, É MUITO MAIS DO QUE PARTICIPAR DE UMA SACRETARIA DE INTERCESSÃO; É O MAIS REVOLUNCIONÁRIO ESTILO DE VIDA.
Leia e medite durante a semana:
- Ef 6,13-17 (Armadura do cristão) e procure entender para quê cada peça servia na armadura, o que ela significa em termos espirituais e responda às perguntas com a sua prática de intercessão:
1- A VERDADE COMO CINTURÃO
- O cinto servia para prender, dar firmeza e equilíbrio a todas as outras peças do equipamento; não permitia que o soldado tropeçasse nas próprias vestes.
- O cinturão da verdade é a Palavra de Deus.
- Como posso confrontar a pessoa ou situação pela qual estou orando, com a Palavra de Deus? Que posso dizer ou fazer?
2 – A JUSTIÇA COMO COURAÇA
- A couraça servia para proteger os órgãos vitais, como pulmão, o coração e o sistema digestivo.
- O nosso ‘coração’ deve estar a salvo das paixões e impurezas; os nossos ‘pulmões’, inspirando a graça de Deus e nos alimentando com a Palavra de deus, agindo conforme a Justiça.
- Há alguma coisa de errado da minha parte, para com esta situação ou pessoa, que eu tenha deixado de aceitar? Que devo fazer para a reconciliação, para que eu possa relacionar-me com justiça com esta pessoa?
3 – O ZELO DA PROPAGAÇÃO DA PAZ COM O CALÇADO
- As sandálias não machucavam os pés, eram leves e não cansavam, mantinham os pés dos soldados bem firmes no chão e traziam o equilíbrio durante a luta.
- O Evangelho da Paz, deixa as nossas vidas firme, leve, alegre, segura e curada.
- É minha intercessão motivada por uma ânsia genuína de promover o Evangelho de Jesus? Ou tenho outros motivos?
4 – A FÉ COMO ESCUDO
- O escudo era elemento vital de defesa, tanto no corpo a corpo durante a batalha, como quanto ao ataque com dardos em chamas, que feriam e queimavam. Por isso, eram molhados antes da batalha.
- A fé deve estar ‘molhada na unção do Espírito, nada de secura; a atitude é de prontidão;
- Confio realmente que, Deus possa e queira, intervir na vinda dessa pessoa, ou nesta situação? Se não, por que não confio e acredito nas promessas de Deus?
5 – O CAPACETE COMO SALVAÇÃO
- O capacete era de ferro, para proteger a cabeça e evitar acidentes fatais;
- É a base, a fonte, a nascente da vitória. Sem a convicção de salvação, sem a mente, renovada, nunca conseguiremos fugir das acusações e mentiras do inimigo;
- Aceitei, pessoalmente, o dom da salvação de Deus e submeti minha vida, ao Senhorio de Jesus? Se não posso fazê-lo agora numa oração simples a Deus, vinda do fundo do coração. E as pessoas pelas quais eu oro, já se submeterem a Jesus?
6 - A ESPADA DO ESPÍRITO, A PALAVRA DE DEUS
- A ESPADA ERA CURTA E USADA EM SITUAÇÕES DE DEFESA E DE ATAQUE PESSOAL;
- Devemos saber usar habilmente a Palavra de Deus, a mesma que Jesus usou no deserto contra Satanás. “A Palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes” (Hh 4,12-13);
- Minha intercessão é guiada pela Palavra de Deus? Busco a vontade de Deus sobre como amar pessoas e situações? Ou são minhas próprias ideias?
Meditações para a semana:
1º dia – I Tm 2,8
2º dia – Mt 5,43-44; Oração de Perdão
3º dia – I Pd 5,8-11
4º dia – Jo 8,44; II Cor 11,3-13-14; Ap 12,10
5º dia – Ef 6,13-17
6º dia – Nm 31,27; Jr 51,20
7º dia – Ef 6,18-20