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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

INTERCESSOR – MEDIADOR – SACERDOTE

Deus tem planos para libertar o Seu povo. ELE quer fazer uma Aliança de Amor e por isso de alguém, um MEDIADOR desta Aliança, uma pessoa que esteja sempre entre ELE e o povo (Ex 19,3-8).

Muitas vezes o povo escolhido faz coisas erradas e merece ser julgado, condenado, castigado, mas na Sua infinita Misericórdia, DEUS prefere o arrependimento e o perdão (Ez 18,23). Por isso, quer ter diante de Si, passos que INTERCEDAM pelos pecadores.

O Verdadeiro e Maior intercessor nosso é JESUS. Mesmo sendo ELE justo, inocente, aceita livremente tomar sobre Si os pecados da humanidade e, por ela se oferece a DEUS, em sacrifício expiatório e, como deu a Vida, está em condições de interceder (Is 53,10-12).

Temos vários exemplos de intercessores nas Sagradas Escrituras: Abraão intercedendo pelo Sodoma (Gn 18); Moisés e Aarão intercedendo pelo povo que se revoltou (Nm 17,11-13); Jó intercedendo pelos amigos (Jó 42,7-10); a rainha Ester intercedendo pelo seu povo (Es 7,3); Paulo intercedendo pelos gentios (At 20,31-32); Maria intercedendo pelos noivos em Caná da Galiléia (Jo 2,1,-12).

À semelhança de Seu Filho JESUS e por Seu Amor, DEUS nos chama a viver a INTERCESSÂO de uma maneira mais plena; verdadeiramente nos chama a colocar na ‘brecha’, no ‘muro que protege a cidade’ e ali vigiar e clamar a Misericórdia de DEUS (Ez 22,23-31; Is 62,6; Lm 2,18-19).

Fazendo isto, estamos vivendo a dimensão SACERDOTAL do nosso BATISMO: “Os batizados tornam-se ‘pedra vivas’ para a construção de um edifício espiritual, para um sacerdócio santo”. (I Pd 2,5)

Pelo Batismo, participam do sacerdócio de Cristo, da sua missão profética e régia; “sois a raça eleita, o sacerdócio real, a naçãp santa, o povo de Sua particular propriedade, a fim de que proclameis as excelências Daquele que vos chamou das trevas para a luza maravilhosa” (I Pd 2,9). O Batismo faz participar do sacerdócio comum dos fiéis, (CIC 1268).

Qualidades principais que deve ter um intercessor:
a) Aceitar o Seu chamado, Sua missão e vive-la (Eclo 48,10) pedindo o poder do Alto (At 1,8), ou seja, a coragem que só a Plenitude do Espírito Santo dá para reconhecer os perigos, como os discípulos em At 4,23-31 e afrontá-los com a própria força de Jesus Ressuscitado. Quem não conhece os perigos, cai na omissão e morre.

b) O intercessor tem que manter relação íntima com o Espírito Santo, para poder permanecer com Jesus “Diante da Majestade de Deus Pai” a falar-lhe com franqueza total e filial submissão sobre os pecados e necessidades de todas as pessoas humanas.

c) O intercessor deve ter maior preocupação pela Glória de Deus do que por sua reputação pessoal, do que pela sua auto-imagem, imitado nisto o Senhor Jesus, que não teve receio de terminar Sua preciosa existência terrena, na companhia de dois criminosos, um dos quais blasfemo.

d) O intercessor deve ser um homem do0 povo, que assume o que é, assume os seus irmãos e, como Moisés prefere morrer a ver o povo destruído (Ex 32,32); como Paulo preferia ser separado de Cristo, se com isto os judeus se convertessem (Rm 9,1-3).

e) Como o Profeta Jonas, o intercessor deve experimentar que o Senhor está sempre disposto a PERDOAR a quem se arrepende (Jn 3,8-10; 4,10-11) e, esta é também a pregação de João Batista (Lc 3,3) e a de Pedro (At 2,38).

f) Finalmente, o intercessor precisa possuir por sua vivência diária da Palavra de Deus, uma visão cristalina de que o pecado magoa e ofende terrivelmente a grande justiça e a infinita Santidade do DEUS três vezes Santo, e querer compensar e consolar. Realmente, no fundo o Intercessor se torna, aos poucos, parecido com o Espírito Consolador, cuja missão é não apenas consolar as pessoas humanas, mas também e sobretudo, as duas pessoas divinas e maravilhosas, cujos Corações querem perdoar e santificar todos os pecadores.

Leia durante a semana Ex 19,1-8 (A Aliança no Sinai) e perceba:
- A Aliança agora é para todo um povo;
- Deus precisa de Moisés para ser o Mediador desta Aliança;
- Moisés sobe e desce a montanha repetidas vezes para levar e trazer propostas e respostas, tanto de Deus como do povo. Ele é a ponte de comunicação entre ambos;
- O Senhor separa o Seu povo e o consagra ao Seu serviço;
- O Senhor faz do Seu povo, um povo sacerdotal;
- O Senhor exige do povo obediência;
- O Senhor é o DEUS libertador, Todo-Poderoso, Senhor do Impossível, fiel e tudo faz pelo seu povo.
Meditações para a semana:
1º dia - Ez 22,30; Is 62,6
2º dia - Lm 2,18-19
3º dia - Is 53,10-12
4º dia - Hb 2,16-18; Hb 7,25-26
5º dia - Hb 4,14-16; Hb 5,1-4
6º dia - I Pd 2,4-5.9
7º dia - Hb 11,24-27; Hb 10,19-25

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